Você já ouviu falar em moda inclusiva? Não? Então, chegou a hora de se aprofundar no assunto. Muito além das Fashion Weeks e dos famosos “looks do dia“, populares nas redes sociais, esse universo está diretamente relacionado ao lifestyle, à cultura e, especialmente, ao modo de expressão das pessoas.
E, como uma maneira de permitir que qualquer indivíduo consiga mostrar um pouco da sua identidade ao mundo, muitas marcas decidiram abraçar o conceito de inclusão — desenvolvendo artigos capazes de atender as necessidades de todos.
Com isso em mente, decidimos vir até aqui te contar mais a respeito do tema, evidenciando a importância da moda inclusiva e os seus desdobramentos. Para se atualizar, continue acompanhando nosso conteúdo!
Um pouco de história: a moda e os seus desafios
Desde o seu surgimento, a moda, como conhecemos hoje, vem sendo dominada por diferentes padrões de beleza — muitos deles, inclusive, impossíveis de serem alcançados. Consequentemente, esse cenário acabou excluindo uma parcela considerável da população, especialmente os indivíduos que não apresentavam “o corpo ideal”, que eram representantes de etnias diversificadas e, até mesmo, pessoas com mobilidade reduzida.
E, como você pode imaginar, esse movimento colaborou para limitar a representatividade de milhões de pessoas, seja nas passarelas ou nas campanhas publicitárias, promovendo uma cultura hegemônica que, acima de tudo, promovia a discriminação.
Até os anos 2000, por exemplo, era comum encontrar capas de revistas apenas com modelos extremamente magras e brancas. Ou então, lojas de vestuário que comercializavam só looks confeccionados para manequins que não passavam do tamanho M.
Felizmente, a situação começou a mudar. Com o avanço da internet e o fácil acesso à informação, as minorias estão, cada vez mais, se empoderando, exibindo todo o seu valor e sua importância na sociedade.
Desse modo, para suprir as necessidades dessa população, as marcas e designers também decidiram ampliar os seus horizontes. Como isso foi possível? Deixando, aos poucos, os estereótipos para trás e estimulando a autoaceitação de seus consumidores.
Marcas inovadoras na moda inclusiva
Focados em quebrar os moldes tradicionais, estilistas e empresas estão abraçando a moda inclusiva nos últimos anos. Entretanto, o pontapé inicial foi dado em 2014, durante a New York Fashion Week.
Na ocasião, a psicóloga Danielle Sheypuk, surgiu na passarela como a primeira modelo em cadeira de rodas a desfilar durante um evento de moda. Além disso, ela foi uma das primeiras influencers do setor de inclusão a ganhar destaque na mídia internacional.
Os anos se passaram e nas últimas temporadas a moda inclusiva vem vivendo um verdadeiro boom. De acordo com uma pesquisa realizada pela Coherent Market Insights, de 2017 até 2026 é provável que esse segmento tenha um crescimento de mais de 400 milhões de dólares.
Exemplos reais
Já para ilustrar esse cenário, podemos citar diferentes marcas que estão se destacando no mercado. A Tommy Hilfiger é uma delas — considerada pioneira no assunto. Em 2016, a empresa lançou uma coleção de roupas totalmente voltada para crianças com dificuldade de mobilidade. O sucesso foi tão grande que, em seguida, a marca decidiu criar uma linha 100% focada na inclusão, denominada Adaptive.
E não acaba por aí! Nessa seleção, temos a Pantys – a primeira e mais famosa marca de calcinhas absorventes da América Latina. Recentemente, a empresa lançou o modelo Easy, que conta com colchetes e aberturas laterais. A ideia, portanto, é facilitar o dia a dia menstrual de PCDs.
Outro nome de peso é a Nike. Em 2021, a marca lançou o Nike GO Flyase. Trata-se de um modelo que permite ao consumidor calçá-lo sem a necessidade de se curvar ou utilizar as mãos. Logo, é uma solução incrível para quem possui mobilidade reduzida ou, simplesmente, para quem deseja ter mais praticidade no dia a dia.
O impacto social e econômico da moda inclusiva
A moda é um dos setores que mais movimentam a economia mundial. No Brasil, apenas no ano de 2016, circularam R$ 43 bilhões — e esse número está cada vez maior. Inclusive, quando falamos sobre o assunto é necessário considerar todos os tipos de consumidores.
De acordo com levantamentos do IBGE, com base na população mundial de 2010, existem mais de 1 bilhão de pessoas vivendo com algum tipo de deficiência, representando, aproximadamente, 15% da população.
Fato que reforça a importância em pensar em projetos responsáveis por compartilhar e estimular a moda inclusiva. Afinal, a sua prática conseguirá empoderar ainda mais o público, ao mesmo tempo em que aquece a economia.
O seu valor no cenário global
- A moda inclusiva é responsável por promover a representatividade de variados grupos na sociedade;
- Ela contribui para que os padrões de beleza sejam quebrados;
- É o caminho ideal para estimular a autoaceitação das pessoas em relação aos seus corpos;
- É uma solução que expande o mercado do consumidor, uma vez que consegue suprir as necessidades de diferentes perfis;
- Trata-se de um conceito capaz de incentivar a criatividade e a inovação na indústria têxtil;
- A proposta ajuda a refletir a verdadeira face da sociedade, tornando diferentes nichos muito mais acessíveis e igualitários.
Viu só? Como foi possível notar ao longo do conteúdo, a moda inclusiva veio para ficar e, obviamente, possui uma enorme importância no mercado e em nossa sociedade.
E, agora que você já está por dentro do assunto, aproveite para compartilhar este post nas redes sociais, ajudando os seus contatos a se atualizarem também. Sem dúvida, eles vão adorar conferir essas informações!